A visita de Talia Livni e Shirli Shavit

A visita de Talia Livni e Shirli Shavit

O Brasil foi descoberto por Portugal, em 1500, portanto ele está com 511 anos de idade. Foi descoberto e tornou-se colônia de Portugal. A nossa colonização foi diferente da do EEUU embora tenham nascido na mesma época. Os ingleses vieram para América com intuito de lá fixarem-se e de criarem um país. Os portugueses vieram para cá para tomar posse das riquezas da terra, que não eram poucas. Um aspecto que nos interessa de perto é que para o Brasil vieram judeus perseguidos pela Inquisição, os chamados cristãos novos. Portanto, na composição demográfica brasileira o elemento branco constituído pelos portugueses vinha também com sangue judaico. O Brasil é um país de dimensões continentais. Numa comparação entre Brasil e Israel, o primeiro abrigaria algumas dezenas de Estados de Israel. Embora essa magnitude nos dê importância perante o mundo, também oferece dificuldades. Administrar uma área de 8 milhões e 500 mil Km² exige muito esforço. Basta dizer que estamos divididos geopoliticamente em 26 estados e um Distrito Federal, sede do governo central do país. O idioma falado é um só – o português embora os sotaques variem de região para região. É também o único país da América do Sul que não é de fala espanhola. Voltando a composição demográfica, além do branco aqui foram encontrados os indígenas que não se mostraram uma mão-de-obra eficiente a metrópole portuguesa “importou” os negros da África inaugurando o período da Escravidão que foi abolida em 1888. Antes da lei definitiva tivemos duas outras: Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários. Aparentemente era uma legislação que visava, aos poucos, dar liberdade aos escravos. Na realidade, a Lei dos Sexagenários não protegia os que iam além dos 60 anos, porque já se encontravam sem capacidade de enfrentar as duras tarefas que lhes eram impingidas. Simplesmente ficavam abandonados. A Lei do Ventre Livre que visava dar liberdade àqueles que nascessem a partir da promulgação da lei, na verdade não tinham condições de se tornar livres uma vez que eram filhos de escravos. A partir da escravidão veio a depreciação do elemento negro que costuma estar na base da pirâmide social, tendo índices educacionais baixos e muitas vezes salários menores do que os dos brancos, para as mesmas funções. É verdade que vem acontecendo diversas ações para criar uma igualdade entre as etnias. Uma, que tem suscitado muita polêmica é a das “cotas” para negros ingressarem nas universidades e podemos citar também a ação que se refere a utilizar obrigatoriamente um percentual de negros e mulatos em campanhas publicitárias e também alçando-os a condição de protagonistas de novelas e não mais simplesmente como empregados de classes mais privilegiadas nestas mesmas novelas. O Brasil conheceu como forma de governo, a Monarquia e desde o final do século XIX, a República. Do ponto de vista político conhecemos a ditadura em dois momentos diferentes, ambas no século XX com conseqüências funestas. A democracia porém volta a aparecer. Nos tempos atuais, outro problema que nos afetou muito foi a inflação que chegou a percentuais incríveis e que tem mostrado, este ano, que não está morta como gostaríamos. Outra presença contra a qual estamos lutando é a corrupção. O Brasil bem como outros países de diversos continentes ainda não encontrou a fórmula para arrancar esta erva daninha. Nesta apreciação não podemos deixar de nos referir a Floresta Amazônica, talvez nossa riqueza maior. A Amazônia tem uma reserva de água subterrânea calculada em aproximadamente US$ 1,9 quatrilhões. Possui reserva de petróleo, ferro, alumínio e manganês que juntas valem em torno de US$ 12 trilhões. Há um porém: isto se a floresta ficar de pé. É bom não esquecer que suas árvores possuem a capacidade de retirar carbono estimada em US$ 379 bilhões. Isto tudo está contido num estudo de sustentabilidade ambiental do IPEA que será entregue a Presidente Dilma Rousseff. Finalizando repetimos o que dissemos no início. Nem de longe estamos próximos de um retrato do nosso país. Para fazê-lo seria necessário transformá-lo numa publicação muito volumosa o que não é a nossa intenção. Espero que essa contribuição faça com que Na’amat Israel possa ampliar a sua visão sobre nós. Muito obrigada Malvina Ghivelder Vice presidente da Centro Na’amat RJ]]>

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