15/04/2011 O prefeito de Bruxelas, Freddy Thielemans, disse que “lamentava” as proporções alcançadas por uma demonstração anti-Israel realizada no mês passado no coração da cidade por um grupo de associações pró-palestinas que queriam “denunciar o regime de apartheid em Israel e encorajar o povo a boicotá-lo”. As associações descritas como “pacifistas” encenaram um “checkpoint” (posto de controle) israelense no meio da Rue Neuve, a principal rua comercial de Bruxelas. As imagens foram filmadas e colocadas no Facebook e no You Tube. A encenação provocou revolta na comunidade judaica de Bruxelas por ter sido autorizada pela cidade e por ter ocorrido um dia após o brutal assassinato de cinco membros de uma família judaica em Itamar, executado por palestinos. A encenação terminou com o assassinato de um menino árabe por um soldado israelense. A mãe da criança então enrolou o corpo do filho numa bandeira palestina enquanto o público aplaudia e gritava “boicotem Israel”. Júlia Szerer, uma jovem de 19 anos, enviou um e-mail ao prefeito no qual escreveu: “Hoje eu tenho vergonha da minha cidade, tenho vergonha do meu país. Já é hora de enfrentar a realidade e agir. Eu convido o senhor para visitar um posto de controle de fronteira e formar sua própria opinião.” Frederique Ries, vereadora de Bruxelas e membro do Parlamento Europeu, também escreveu ao prefeito denunciando a “falsa caricatura cujo único efeito foi apenas trazer o conflito do Oriente Médio para a Bélgica”. E ela enfatizou em sua carta: “É claro que devemos permitir críticas, tanto na Bélgica como em Israel, mas a liberdade de expressão que eu apoio tem limites morais e legais que neste caso foram ultrapassados, incitando o ódio e a violência”. Em resposta, o prefeito disse que “lamentava” as proporções alcançadas pelo evento que chocou tantas pessoas. E disse mais: “sem comentar o conteúdo de sua mensagem, é evidente que os organizadores ultrapassaram os limites estabelecidos. Eu pedi à polícia para ser mais vigilante no futuro ao conceder autorizações para atos deste tipo no espaço público. Mesmo preservando o direito à liberdade de expressão faremos o possível para que fatos como este não se repitam”. Em 2008 uma encenação semelhante foi realizada na cidade de Nivelles, perto de Bruxelas. Fonte: Newsletter do WJC – World Jewish Congress Tradução: Adelina Naiditch]]>