Ele salientou a contribuição positiva dos judeus aos seus respectivos países em toda América Latina há vários séculos, mas advertiu que o antissemitismo está aumentando em muitas partes do mundo, inclusive na Venezuela. Na terça-feira, Lauder e os líderes do LAJC tiveram um encontro com Nicolás Maduro, vice- presidente e ministro do exterior venezuelano, no qual eles abordaram esta e outras questões referentes às comunidades judaicas, tanto a venezuelana como a internacional. “Nós falamos sobre a nossa preocupação com o antissemitismo e pedimos à Venezuela que restabeleça as relações diplomáticas com o Estado de Israel. Nosso encontro com o vice-presidente Maduro foi construtivo. Ele deixou claro que expressões de antissemitismo não podem ser toleradas pelo governo da Venezuela”, declarou Lauder após o encontro. O líder venezuelano, que atualmente substitui o presidente Hugo Chaves, agradeceu ao LAJC por ter realizado o seu encontro em Caracas. Mais de 60 líderes judeus e representantes de comunidades, tanto da América Central como da América do Sul, participaram da Assembleia do LAJC, que confirmou o brasileiro Jack Terpins como presidente da organização. Na segunda-feira, durante um jantar do qual participaram vários oficiais e legisladores venezuelanos, tanto do governo como dos partidos da oposição, Ronald Lauder pediu às comunidades judaicas que defendam Israel dos crescentes ataques internacionais contra a sua legitimidade: “Como comunidades judaicas, nós naturalmente defendemos o direito de Israel de existir com paz e prosperidade, embora nem sempre possamos concordar com tudo que o governo israelense faz. Quem, senão nós, para ajudar a melhorar a imagem de Israel no mundo?” O presidente do WJC referiu-se também ao ataque terrorista de 1994 contra a AMIA em Buenos Aires, no qual estão implicados vários membros do governo iraniano, tanto atual como passado, e disse que é necessário fazer justiça e que os acusados devem ser julgados. Referindo-se às eleições de terça-feira em Israel, Lauder enfatizou a necessidade de novos esforços pela paz: “Embora possam divergir quanto às preferências políticas, o que une os judeus da diáspora é o forte desejo de paz no Oriente Médio. Quem formar o novo governo tem a obrigação moral de remover todas as pedras do caminho para a paz”. Artigo publicado no WJC- World Jewish Congress em 23 de janeiro de 2013. Tradução: Adelina Naiditch]]>