Lahav Harkov
Na terça-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fez um discurso emocionado na Knesset durante uma sessão especial para lembrar o 37º aniversário da Operação Entebbe, na qual seu irmão Yonatan, que dirigia a operação, foi morto. Netanyahu declarou que “as ameaças que enfrentávamos há 37 anos continuam ainda hoje e eu digo que não existe lugar onde o “braço comprido” de Israel não alcance para defender-se”. Na época da operação Netanyahu estudava nos Estados Unidos e logo que soube que soldados israelenses haviam descido em Entebbe ele sentiu que seu irmão deveria estar lá e telefonou para seus pais. “Esse dia mudou a minha vida, a dos meus pais e do meu irmão caçula, Ido. Meus pais já morreram, mas eu jamais esquecerei a dor que eles sentiram pela perda do filho primogênito”, disse Netanyahu. O primeiro-ministro lembrou também a cerimônia em homenagem a seu irmão e aos outros soldados que morreram na operação que assistiu em Uganda, dizendo que não é comum um país estrangeiro homenagear soldados israelenses. Shelly Yacimovich, líder da oposição, disse que Netanyahu deveria usar o “braço comprido” de Israel para buscar a paz. “Quer você goste ou não, Netanyahu, você é o nosso líder. Nem todos os líderes enfrentam do mesmo modo os mesmos desafios. Assim como precisamos de coragem para enfrentar o terror, coragem e sabedoria são necessárias para manter um estado judeu e democrático”, disse ela. Yacimovich exortou Netanyahu a demonstrar o mesmo nível de coragem demonstrado em Entebbe para garantir que Israel não se torne um estado bi-nacional e possa realizar a visão sionista. A líder trabalhista repetiu a promessa que fez de apoiar o primeiro-ministro se ele reiniciar as conversações de paz, citando Menachem Begin, que era líder da oposição durante a Operação Entebbe, mas ofereceu o seu apoio ao então primeiro-ministro e rival Itzhak Rabin. Omer Bar-Lev, parlamentar trabalhista, que foi um dos comandantes da operação, iniciou a sessão especial da Knesset e pediu a Netanyahu que inicie uma “operação Entebbe econômica e social”. “Hoje, quando as brechas estão mais profundas, quando estamos num impasse nas negociações de paz, quando os iranianos nos ameaçam, nós devemos renovar o espírito de Entebbe, o espírito do sionismo”, disse Bar-Lev. “Parece que nós perdemos a ousadia que permitiu que o sionismo nos levasse até onde estamos atualmente”. Bar-Lev acrescentou que espera que um país que alcançou tanto sucesso seja capaz de fazer progresso diplomático e que “ não deveria haver desculpas, apenas ação”. “Nós somos fortes! Nós precisamos de uma liderança corajosa e determinada que tome iniciativas e nos conduza ao nosso objetivo: um estado judeu democrático e Netanyahu tem o privilégio histórico de ser esse líder”, disse o parlamentar. Shaul Mofaz, líder do Kadima, que foi o substituto de Yoni Netanyahu na Operação Entebbe disse que a operação ajudou Israel a manter-se de pé. “ Nós ainda precisamos de um motivo para nos mantermos de pé , em todas as questões que enfrentamos. Os testes de liderança e ação permanecem os mesmos”. Mofaz lembrou que Yoni Netanyahu era “forte como uma rocha” e teve uma atitude decisiva para a realização da operação. Vários outros parlamentares falaram também sobre Entebbe, entre eles Yacov Margi (Shas), Shimon Solomon (Yesh Atid), Yoni Chetboun (Bait Yehudi), cujo nome é uma homenagem a Yoni Netanyahu. Reuven Riolin, do Likud Beitenu, disse que o país não pode ceder diante do terror e questionou a libertação de terroristas presos em trocas por cativos israelenses. Artigo do jornal Jerusalém Post e citado no WJC – World Jewish Congress em 03 de julho de 2013. Tradução: Adelina Naiditch]]>