04/08/2011 Falando em nome do governo, em Montevidéu, o Ministro do Exterior do Uruguai, Luis Almagro, condenou enfaticamente as declarações feitas pelo embaixador do Irã neste país, Hojatollah Soltani, o qual, durante uma reunião pública na semana passada questionou o assassinato em massa de judeus pelos nazistas. Quando lhe perguntaram qual a posição iraniana sobre o Holocausto, Soltani disse: “A Segunda Guerra Mundial começou em 1939 e terminou em 1945. Foi dito que durante aquela guerra os nazistas mataram dois milhões, quatro milhões, seis milhões… existem números diferentes em cada relato dos judeus. Isto foi chamado de “Holocausto” e Israel utiliza esta questão para apresentar-se como vítima diante do mundo e pedir apoio econômico e político para vários países da Europa.” Ele acrescentou também que o interesse do Irã é “estudar” o Holocausto para verificar se foi verdade ou não. “Pode ser que algumas pessoas morreram, algumas foram assassinadas, eu não sei, talvez alguns milhares de judeus. Mas aquele número de dois milhões, quatro milhões, seis milhões é uma grande mentira, de acordo com alguns historiadores europeus que analisaram muitos documentos”, foi o que disse Soltani. Atendendo a pedidos de líderes judeus, inclusive da Comunidade Judaica do Uruguai e do Secretário-Geral do Congresso Judaico Latino- Americano, Saul Gilvich, o Ministério do Exterior convocou um funcionário da embaixada iraniana e expressou sua condenação às declarações feitas pelo embaixador. Em uma declaração o Ministério declarou que para o Uruguai o Holocausto era “um fato histórico incontestável” e negar que tenha acontecido, ou questionar a sua extensão, equivale ao incitamento da discriminação. O Ministro do Exterior Almagro lembrou ao Irã que “sobreviventes do Holocausto Judaico ainda vivem no Uruguai”. No entanto, ele acrescentou que as relações diplomáticas e comerciais com o Irã não seriam afetadas pelo incidente. Fonte – World Jewish Congress Tradução – Adelina Naiditch]]>