O que é a Primavera Árabe? O termo primavera nos lembra algo positivo, mas será que é positivo para a região? Esta primavera destrói o argumento de que a raiz dos problemas do Oriente Médio é o conflito Israel/Palestina.
- A escassez de água sempre foi uma questão importante na área e tem sido uma fonte de conflitos desde o começo dos tempos. Agora, Israel está se tornando quase autosuficiente em água. Está produzindo tanta água que em breve será capaz de exportá-la.
- Israel agora está se tornando independente em energia. Gás natural e óleo de xisto foram descobertos em Israel. Em pouco tempo Israel será capaz de exportar gás natural
- Richard Florida, professor da Universidade de Nova York, tem uma teoria sobre mudanças no mundo, que são realizadas pelo que ele chamou de Classe Criativa e que compreende de 3 a 5% da sociedade. São pessoas que pensam fora dos padrões convencionais e trazem ideias novas que transformam a sociedade. Israel tem abundância de tais pessoas, não apenas na área tecnológica como também em outros setores. Muitos dos novos conceitos criados em Israel estão sendo usados em todo o mundo.
A congressista Debbie Wasserman-Schultz relatou que a missão de NA’AMAT USA/Israel está próxima do seu coração. Enumerou várias áreas em que NA’AMAT está trabalhando e que ela também trabalha no Congresso. Terminou a palestra declarando que todas nós somos irmãs e que com nosso trabalho AM Israel Chai.
Na sequencia todas foram saudadas por Liz Raider, presidente da NA’AMAT USA, e depois ouvimos Galia Wolloch, presidente da NA’AMAT Israel, e Céres Maltz Bin, presidente da NA’AMAT Brasil aonde relatou o trabalho que é realizado pelas chaverot brasileiras.
A noite terminou com uma belíssima apresentação do cantor, Shlomo Haviv.
O dia seguinte começou cedo para aquelas que queriam começá-lo com uma atividade saudável. Linda Schoenberg orientou os exercícios da manhã.
Após o café da manhã a primeira sessão foi sobre negócios. Debbie Kohn fez um relatório sobre as atividades da Tesouraria. Depois, ouvimos Liz Raider, a presidente nacional, que fez uma avaliação das atividades dos últimos três anos. Gail Simpson fez a apresentação da chapa para a eleição e a votação foi unânime a favor da chapa.
A seguir começou a leitura dos estatutos feita por Lynn Wax. Houve muito pouca discussão sobre a maioria das mudanças que foram propostas pelos conselhos e centros.
Depois do almoço ouviram Sue Linzer, diretora associada de Planejamento e diretora das Operações Internacionais da Federação Judaica da Pittsburgh que comentou sobre a visita que fez a um estabelecimento de NA’AMAT em Karmiel, Israel. A Federação associou-se à NA’AMAT para criar um centro de saúde da mulher. Ela disse que devido ao alto conceito que NA’AMAT tem em Israel, elas têm palestrantes e profissionais que estão ansiosos para ser convidados para ir a Karmiel. Sue falou sobre a creche, o centro de atividades pós-horário escolar, os cuidados que as mulheres recebem e as palestras sobre questões referentes à saúde da mulher.
Jill Miller Zimon, conselheira do Pepper Pike e blogueira, falou sobre o uso efetivo da mídia social para promover NA’AMAT. A palestra dela foi muito esclarecedora.
A tarde terminou com Marcia Weiss, chefe da advocacia da NA’AMAT, discutindo as maneiras como as chaverot podem se envolver nas questões que afetam os Estados Unidos – por exemplo, assédio sexual no exército.
Após uma hora livre, tivemos um grande jantar e, em seguida, a palestra de Yaron Sideman, cônsul geral para a região do médio Atlântico. Ele falou sobre Israel aos 65 anos. O milagre é que Israel tem 65 anos! Primeiro, ele contou que o secretário Kerry fez os palestinos concordarem em voltar à mesa de negociação e que a União Europeia concordou em declarar o Hezbolah uma organização terrorista. Para ele, estes foram os milagres da semana passada. Como Israel sobreviveu em 1948, sem recursos naturais, cercado por inimigos, em guerra a maior parte do tempo, e mesmo sem uma força de trabalho foi capaz de organizar um governo, ressuscitar a língua hebraica e criar um sistema educacional nacional amplo que está aberto para todos, sem distinção de religião ou gênero, foi um milagre. Ele enfatizou que as mulheres sempre foram participantes ativas na sociedade israelense. Mulheres ocupam posições de destaque no governo, nas universidades, na Knesset, nas corporações, no exército. Isso é realmente um milagre numa região onde a liberdade e a igualdade de gênero não é permitida.
Galia Wolloch, presidente da NA’AMAT, falou sobre a influência da NA’AMAT na promoção da igualdade de gênero em Israel.
Finalizando à noite do 2º dia, tivemos a apresentação da cantora Kathryn Wolfe Sebo. Ela não só cantou como manteve o público rindo e cantando com ela todo o tempo.
A cada dia, a Convenção foi melhor.
Nesta manhã ouvimos Shirli Shavit, diretora do Departamento Internacional da NA’AMAT Israel. Shirli acredita que as ações da NA’AMAT são a essência do
Tikun Olam. Em Israel, NA’AMAT entra em contato e ajuda 40.000 famílias em suas creches, centros comunitários, escolas secundárias, abrigos e centros de aconselhamento. NA’AMAT USA abriu nove novas creches, inclusive Tziona. Estas creches ficam abertas das 7 h da manhã às 7 h da noite. Para algumas das crianças, este é o seu lar e as professoras são a sua família, pois oferecem estabilidade e conforto. Muitas destas crianças que vêm de famílias desestruturadas.
Shirli citou vários exemplos de como a NA’AMAT ajuda as pessoas individualmente – tudo muito emocionante. Em alguns casos a criança vem de uma família uniparental, com a mãe ganhando apenas o suficiente para subsistir e, assim, não é cobrado nem a taxa mínima da creche e ainda fornecem roupas para a mãe e para a criança. NA’AMAT mantém escolas para jovens em situação de risco e lhes oferece uma segunda oportunidade para alcançar algum sucesso na vida. Para 180 alunos em Holon esta é a última chance de se formar numa escola secundária e ir para o exército (o que é necessário para progredir na sociedade israelense).
Após ouviram o relato de duas meninas etíopes da escola secundária de Rehovot. Elas moram em um bairro muito pobre e têm aulas de artes. Elas têm feito coisas admiráveis e recebem reconhecimento por isso. A Vila da Juventude de Kanot tem 300 alunos e mais da metade deles mora na escola. “Eram jovens em situação de risco que fugiam da polícia e agora estão no programa da Academia de Polícia. Elas sabem que a NA’AMAT se interessa por cada indivíduos em particular. Elas foram retiradas de um meio ambiente negativo e sabem que se quiserem continuar na escola devem alcançar certos objetivos”, diz Shirli Shavit.
Em Tel Aviv temos o Centro Glickman onde mulheres que viviam em situações de abuso encontram abrigo para si e para seus filhos. A NA’AMAT oferece serviços para 180 famílias. Elas podem ficar seis meses no abrigo. Algumas ficam mais tempo. Quando elas saem já têm um emprego, um apartamento e já receberam aconselhamento para poderem se manter independentes. Elas voltam para ajudar outras mulheres ou para receber aconselhamento adicional se for necessário.
Uma questão interessante para as chaverot americanas, são os processos por assédio sexual entre militares. NA’AMAT tem desempenhado um papel importante nesta questão no exército de Israel. NA’AMAT realiza palestras sobre assédio tanto para homens como para mulheres para que possam saber como enfrentar esta questão.
NA’AMAT USA oferece 190 bolsas de estudos por ano para mulheres para que possam obter seu grau de bacharelado ou mestrado. E agora oferecem oito auxílios para pesquisas para mulheres que fazem doutorado, quatro para estudos sobre gênero e quatro para estudos em ciências da vida.
NA’AMAT Israel proporciona assistência jurídica para 10.000 mulheres em cinco Centros de Direitos da Mulher e tem vinte centros comunitários onde fazem palestras sobre questões de saúde da mulher, igualdade no local de trabalho e outras.
NA’AMAT é conhecida em todo Israel e o índice de sucesso é muito alto. Nós temos muito do que nos orgulhar como mulheres da NA’AMAT, complementa Shirli Shavit.
À tarde, ouviram a palestra de Mark Raider, professor de História Judaica Moderna na Universidade de Cincinatti, sobre o Papel da Mulher Judia Americana e o Empreendimento Sionista. Foi interessante ouvir sobre o surgimento do sionismo e das mulheres sionistas paralelamente ao despertar das mulheres nos Estados Unidos.
O ponto alto da manhã foi o painel Guerra Contra as Mulheres. Laurie Wasserman, advogada trabalhista e membro da NA’AMAT, e a senadora Nina Turner, que representa o 25º distrito de Ohio no senado, foram fenomenais.
Após o almoço, foi exibido a um novo vídeo de Israel. No restante da tarde foram analisados programas da NA’AMAT que podem ser usados em diferentes centros.
No final do dia as chaverot visitaram o Museu Maltz.
Na terça-feira à noite aconteceu à posse da nossa Diretoria Nacional e a palestra de Masha Lubelsky, ex-membro do Executivo da Organização Sionista Mundial, ex-Secretária Geral da NA’AMAT Israel e ex-membro da Knesset. Orit Tobe, presidente da NA’AMAT Canadá, fez um breve discurso. A noite terminou com a apresentação de música e danças israelenses pela Banda Klesmer Yiddishe Cup.
No dia seguinte, a Convenção continuou com encontros regionais. O objetivo desses encontros foi de discutir “Para onde vamos?”. Cada região expos seus próprios problemas.
Houve ainda uma sessão, sobre Antissemitismo, com Betty Sue Feuer, ex-diretora da ADL (Liga Anti difamação) de Cleveland.
A convenção terminou com um brunch de despedida, onde Harriet Green distribuiu vários prêmios e com algumas palavras de encerramento de Liz Raider e Chellie Golwater Wilensky.
Fonte: Gail Simpson
Tradução: Adelina Naiditch[gallery link="file" ids="11770,11787,11786,11785,11784,11783,11782,11781,11780,11779,11778,11777,11776,11775,11774,11773,11772,11771,11769,11768,11767,11766,11765,11764,11763,11762,11761,11760,11759,11758,11757,11756,11755,11754,11753,11752,11751,11750,11749,11748,11747"]]]>