Pessach é comemorado entre 15 e 22 de Nissan. Nessa ocasião, renovamos a lembrança do Êxodo, quando os escravos hebreus, descendentes dos patriarcas, saíram do Egito, conduzidos por Moisés, e caminharam em busca da Terra Prometida. Comemorar o Pessach (passagem) é expressar o amor à liberdade, valor judaico tradicionalmente preservado, fortalecendo os vínculos dos descendentes dispersos do povo que acredita na vitória sobre a tirania. Essa festa é mencionada como o “Tempo de nossa Liberdade” (Zman Cherutenu). O antigo povo de pastores e agricultores comemorava, nessa época, a chegada do momento mais festivo da natureza: o início da colheita da cevada e a entrega do Ômer, alegria para este povo, que vivia em íntimo contato com a terra, de onde extraíam a subsistência. Ômer é o nome dado ao primeiro feixe da colheita da cevada, que era oferecido ao Templo. Durante os períodos do I e II Templo, Pessach se tornou uma festa de peregrinação. Os judeus levavam oferendas para Jerusalém e lembravam o sacrifício do cordeiro pascal, tradição no antigo Egito. Na segunda noite, iniciamos Sefirát HaÔmer (Contagem de Ômer), contando os 49 dias existentes entre Pessach e Shavuot, quando a Torá foi entregue ao povo de Israel. Pessach é o Chag Haaviv (festa da primavera). Sua cerimônia principal é o Sêder(ordem) que acontece no lar, pois é uma festa familiar. É um tempo de mudança das rotinas diárias, criando-se alguns dias antes, uma atmosfera para os festejos. Chametz (fermento) é uma proibição bíblica durante os oito dias de comemoração. Costuma-se doar para não judeus todos os alimentos que não são liberados em Pessach.Substituímos todos os utensílios utilizados na cozinha por outros, reservados exclusivamente para essa ocasião. A família se reúne para o Sêder, e todos participam seguindo o ritual. Fonte: Livro de Na’amat Brasil – Festas Judaicas e Suas Tradições]]>